Lojistas do Brás esperam alto no movimento devido ao frio

O frio antecipado que pegou os paulistanos de surpresa no final de semana prolongado aqueceu as vendas nos shoppings e animou comerciantes. Para conquistar os clientes, muitos lojistas reformularam as vitrines na última hora e exibiram sua nova coleção de outono/inverno.

“O movimento foi extraordinariamente muito bom”, resume Luis Augusto Ildefonso da Silva, diretor de relações institucionais da Alshop (Associação dos Lojistas de Shopping).

Na segunda-feira, o movimento nos shoppings foi intenso o dia todo e em muitos os consumidores tiveram dificuldades para estacionar. “Atribuo o sucesso à cinco fatores: feriado prolongado, frio, chuva, proximidade do Dia das Mães e queda dos juros”, diz.

Segundo Silva, por se tratar de início da nova estação, o comércio ainda trabalha com preços cheios. As poucas promoções são de peças que sobraram do estoque de 2011.

A empresária Celia Pimenta, da Hering, diz que o frio chegou em boa hora. “Estávamos com a coleção de outono parada por causa do calor. A situação se inverteu. Roupas pesadas, como casacos e blusas de golas grandes, que deveriam ser últimas a vender, foram as primeiras.





Já na região do Brás o comércio ainda está tímido, mas os comerciantes esperam alta de 5% nas vendas em relação a 2011, diz Inês Ferreira, da Associação dos Lojistas do Brás.

Sol aparece mas a temperatura continua baixa
Apesar de o sol aparecer por mais tempo nos próximos dias, a temperatura continuará baixa até o final de semana, segundo o metereologista Thomaz Garcia, do Centro de Gerenciamento de Emergências de São Paulo.

Na madrugada de quarta-feira  a cidade registrou a temperatura mais baixa do ano, de 10,5 graus, mas na rua a sensação de frio era maior por causa dos ventos e da umidade do ar. Nesta quinta-feira a mínima será de 12 graus e a máxima não passa dos 23. A boa notícia é que a chuva vai dar um trégua.

A queda repentina de temperatura também aumentou a procura por vagas nos albergues. Mas, mesmo assim, segundo a Secretaria Municipal da Assistência Social, ainda restaram 870 leitos vazios. Uma das grande dificuldades dos agentes sociais é convencer pessoas em situação de rua a ir para um abrigo porque lá existem regras, entre as quais a obrigatoriedade de banho que a maioria detesta. Até o final do mês mais vagas serão abertas.

Fonte: Diário de S. Paulo