Brás terá zona de proteção ao pedestre até o final deste semestre

O secretário municipal de Transportes, Marcelo Cardinale Branco, afirmou, na manhã desta quarta-feira (11), que oito ZMPPs (Zonas de Máxima Proteção ao Pedestre) serão implantadas na capital paulista até o final do primeiro semestre deste ano.

Além de sinalização específica, as zonas terão reforço de agentes de trânsito para garantir que motos e carros não invadam as faixas de pedestre durante a travessia das pessoas.

A primeira das ZMPPs foi inaugurada nesta manhã e corresponde a uma área de 14 km², que vai da região central até a avenida Paulista.

Nela, 77 orientadores auxiliarão os pedestres na travessia das ruas mais movimentadas, durante o período das 9h às 17h. Nesta área, mais de cem agentes da CET (Companhia de Engenharia de Transportes) atuarão em cruzamentos com e sem semáforos.

Os cruzamentos da avenida Paulista com a Brigadeiro Luis Antônio, no bairro da Bela Vista (líder em atropelamentos na capital) e da avenida São Luiz com as ruas Xavier de Toledo, Rua da Consolação e Rua Martins Fontes, no guia do bairro Consolação, estão entre os pontos monitorados.

– Vamos avaliar o programa, mas a ideia é que façamos a primeira [ZMPP] e depois ampliamos as outras sete simultaneamente.





A criação das ZMPPs faz parte do Programa de Proteção ao Pedestre da Prefeitura de São Paulo. Outras sete zonas serão criadas nos bairros Santana, bairro Brás, Sé, Penha, Lapa, Santo Amaro, Pinheiros e Centro.

Com esse novo plano para pedestres, a prefeitura diz que pretende reduzir de 40% a 50% os atropelamentos e as mortes de pedestres até 2012. No ano passado, a cidade teve 7.007 atropelamentos que resultaram na morte de 630 pessoas. O número corresponde a 46,4% das 1.357 mortes em acidentes de trânsito na cidade.

As oitos zonas juntas correspondem à área que concentra 11% dos atropelamentos na cidade e 1% da área total da capital.

Ombudsman

O secretário disse também que a prefeitura irá contratar um especialista para avaliar o andamento do programa. O papel do ombudsman, segundo Branco, será o de receber sugestões da sociedade. Um convite já foi feito ao especialista em engenharia urbana, Luiz Célio Bottura, que não respondeu a proposta.

– Essa pessoa deve ter um alto grau de conhecimento técnico destas questões de atropelamento de pedestres e redução de acidentes para que ela possa criticar a prefeitura no sentido de que amanhã a gente faça um trabalho melhor do que faz hoje.

Fonte: R7